quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Tudo novo. De novo


     É bom, e como é. Só assim eu sei definir isso que pula radiante aqui dentro, pois não há palavras que expliquem o porquê de tanta satisfação. Pega de surpresa como fui, melhor ainda. Ver que restam pedaços de alguma coisa boa que passou, mesmo que com um tamanho quase invisível, é o que revitaliza algum tipo de crença no futuro, alimenta a alma, revigora a pele e abre de volta o sorriso sincero a estampar o rosto.
     Junto da primavera que há pouco chegou, floresce nessa estação a maior variedade de pétalas e cores que agora me representam. A paz – do espírito e da mente – por convenção vejo branca e a tranqüilidade recém chegada, traz consigo o azul que acalma. A alegria recebida é laranja, viva e calorosa, e o vermelho fica com todas as outras sensações sabidas por todos que passam por mim e reparam em meus olhos que distribuem brilho a quem quiser enxergar.
     Tem sido assim nesses últimos dias e rogo para que permaneça por um tempo indeterminado. Aos poucos, que é para não cansar, tampouco enjoar. Contendo a ansiedade, vou nessa de controlar meus próprios pensamentos para não me perder mais uma vez em um labirinto já conhecido de nome e vivência. E é difícil, pois quando se tem o menor conhecimento que seja, daquilo que se passa do outro lado, aumenta a sede de querer saber sempre mais: o que foi do final de semana e o que será da próxima já exaustiva devido a época do ano, o que tem pensado sobre os assuntos que são rotina nas bocas alheias, e sobre aqueles nem tão expostos assim, os quais verdadeiramente me interessam.
     Se me lembro do princípio, hoje vejo que progredi. Espero que não apenas devido à distância, mas também pela ajuda do reconhecimento e da aceitação que tiveram de descer a seco pela garganta que tantas vezes gritou por um único motivo. É da minha natureza esse jeito meio perdido de ser quando o assunto em questão tem tanta relevância, tal qual o que me refiro. Acertar e agradar são os únicos verbos que passam a existir em meus atos que, nesse tormento louco de querer sempre o melhor, se perdem e acabam tropeçando na correria que busca presentear alguém com a tão sonhada perfeição, mesmo sabendo que independente do esforço ou dedicação para com aquilo ou aquele que mais quero, ela em tempo algum existiu e nem está por vir.
     Vontades a parte, o importante é ter outra vez esse estado de bandeira branca erguida, trégua declarada. Vale reconhecer que por mais desajeitado que seja um aparente recomeço depois de um caminho turbulento e traumático, ele está de volta, e merece ser recebido e celebrado com brinde em taças de champagne, como bem fazemos na virada de todos os anos, que é para mais uma vez encher o coração de esperança, reabastecendo esse motor que pela estrada percorrida, nunca teve destino certo: a vida.
     E por falar em vida, ela ensina sim, e cobra o aprendizado das lições dadas também. Prova disso é a resistência exigida contra tudo o que menos se quer abster: o tato, a entrega; porque é preciso colocar em prática a outra face dessa grandiosidade sentida, se a vontade agora é de ser vista com outros olhos e outros valores. Tudo começa a partir daí, hoje eu sei. Sendo assim, uma porção de amor próprio e uma dose de respeito, por favor. E para acompanhar, trevos de quatro folhas, água benta, simpatias e o que mais puder fazer a sorte se sentir acolhida e motivada a lutar pela minha causa. Confio, e por isso espero no mesmo ritmo de sempre. Calma, calma!

Nenhum comentário:

Postar um comentário